22.7.11

This is an apologize.

Eu queria não pensar tanto. Eu queria não romantizar tanto as coisas, nem me iludir tanto. Mas é difícil, difícil pra caramba. As palavras escapam levianas por meus dedos, e nem sempre sou capaz de prever todas as consequências. Nem sempre me dou ao trabalho de tentar, também. E é aí que as coisas degringolam. Porque eu não meço palavras mais do que meço sentimentos, e, infelizmente, mudo de idéia como mudo as cores das unhas. Ontem, me sentia segura; hoje, me sinto presa; amanhã, possivelmente, sufocada e moribunda. E me esqueço de que as pessoas não estão dentro de mim pra acompanhar a velocidade dessas transições ou entender como foi que isso aconteceu.

Aliás, eu mesma não entendo.

Você me estabilizou. Vi em você muito do que me faltava, e, por cerca de duas ou três semanas, estive em paz. Comigo mesma, com o mundo, com a vida. Ou, pelo menos, achei que estava. Por fora, ao menos, estava. Por dentro, tudo estava em ebulição, só esperando o pior momento possível para explodir. A menor brecha que fosse. E essa brecha apareceu.

Pelo menos não foi tão tarde que o dano não possa ser reversível.

Não espero que você perdoe minhas falhas nem meus pecados. São meus, e errei mais ainda em permitir que você se envolvesse neles. Isto é um pedido de desculpas por ter deixado você entrar tão fundo na minha vida, antes que tivesse tempo de visualizar o gelo das águas no fundo desse poço de contradições.

Mesmo que eu tenha avisado desde o início como isso ia terminar.

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