Quero perder para você meus lugares preferidos
E, perdidos, fazer amor como quem marca território
Como num sonho derrisório em uma noite insone
Quero segurar sua mão com segurança
Te tornar a bonança da minha tempestade
Que me invade em passos largos de nuvens de chumbo
Quero cantar minhas dores com palavras de outros
E em meus ouvidos moucos receber o eco dos meus lamentos
Emudecer o sofrimento até não mais sentir
Quero gritar para as paredes meus segredos
Sem sentir nenhum medo de retaliações ou sentenças
Na transparência das lágrimas que não quero chorar
Quero calar até que o momento seja oportuno
E levar para o túmulo o tumulto da minha alma
Para, com toda a calma, me permitir me afogar
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