Do espelho, uma menina me observa
Sorriso de estrelas cadentes
E olhos rasos de chuva
Seria este sorriso cor de vício
Ou o grito surdo que rasga o vazio?
Das máscaras amarrotadas a escorrer pelas paredes,
de tantas cores, formas e nomes,
qual será o verdadeiro rosto?
O passado enevoado
Descortina um futuro difuso
Fumaça colorida e espelhos, nada mais
De tudo o que me restou,
os retalhos, os farelos, os escombros,
onde se esconde a verdade em meio às mentiras?
No espelho, uma menina,
Despida de sua inocência,
Desaparece nos vapores do banho.
(Escrito em 24/09/09)
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