Anos luz em tão pouco espaço
O que tanto se esperou
Os lábios que se tocam
No afã da intimidade roubada
Ambicionada, estimada
Roupas que se espalham,
Corpos que derretem
Horas que se esvaem.
Estremeço. Estremeces.
E tudo se repete, infindável
Até que Cronos nos separe, enfim.
A espera é longa e querida
Mas finda. Um beijo breve
E outro adeus, indeterminado
E agora, que faço eu
Com tantos minutos a escorrer pelas mãos
À espera da próxima vez?
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