Eu só queria ter algo pra cuidar, pra dar atenção, para ocupar o vazio dos meus dias. E inventei você, do jeitinho que eu queria, e te dediquei horas e mais horas do meu dia, vastidões de espaço no meu pensamento, páginas e páginas de poemas e canções. Vivi com você. Falei de você para as pessoas que eu amava, de tal forma e com tal intensidade que elas te conhecem tão bem quanto eu, que te criei. E você foi minha muleta para acreditar que o que eu estava fazendo com a minha vida valia a pena, que as decisões que tomei eram bem embasadas e razoáveis. E agora que me convenci de que não foi tudo inútil, não preciso mais de você.
Mas quem disse que eu consigo desapegar desse amor que inventei?
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