22.10.10

Recaídas

Você tinha deixado meus sonhos em paz. Passaram-se alguns dias, e eu achei que estava curada. Foram noites tranquilas, sem a dor nas costas característica de passar três dias seguidos tão agarrada com você que parecia que eu já fazia parte de você. Noites de saber onde eu iria dormir sem a menor sombra de dúvida, manhãs de acordar e saber onde está minha escova de dentes.

E aí, tudo começou de novo.

É o calendário cujas folhas não são arrancadas rápido o suficiente. São as músicas que insistem em me lembrar de você. São os textos que escrevi pra você. E agora, não bastasse todo esse excesso de informações suas na minha vida, você volta a assombrar meus sonhos. Novamente, você faz comigo todas aquelas coisas maravilhosas que só você soube fazer até hoje. E sussurra no meu ouvido que está feliz. E me dá a mão, e eu acordo. Acordo com uma de nossas tantas músicas na cabeça, que pra mim são nossas mesmo que pra você não signifiquem. Penso em você.

E eu quero muito acreditar que é só sexo, que nunca vai passar disso. Eu digo e repito mentalmente até quase enlouquecer. E aí eu lembro de você cuidando de mim, me protegendo sempre que estou por perto, e nossas conversas que me fazem quase acreditar que somos quase a mesma pessoa. E aí eu vejo que me apaixonei de novo. Tudo o que eu não queria que acontecesse.

Corro pro PC e coloco o CD de uma de suas bandas pra tocar. Hoje vai ser um longo, longo dia. E sem você.

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