11.11.10

Ansiedade

Olho no relógio. Falta pouco agora. Respiro fundo, procuro uma fruta pra comer. Abro a mala - está tudo lá. Está tudo lá e eu aqui, pronta pra sair à menor provocação. Ao menor suspiro. É preciso dizer aos meus nervos, "acalmem-se, seus idiotas", para conseguir sequer respirar direito. A porta entreaberta não é pela brisa, é pela praticidade. E ela me tenta. De uma forma irresistível.

Desisto da fruta. Jogo a mochila nos ombros desnudos, penduro a jaqueta de viagem na dobra do braço e saio correndo, pra só voltar na próxima estação. Isso se voltar.

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