30.7.09

Vinho

Quero me embriagar para esquecer os amores, as dores, os desamores. Os prazeres a que me permiti e as lágrimas que derramei. Um porre para esquecer seu nome, endereço e todas as marcas tão suas que você deixou em mim e que agora fazem parte de mim. Que eu me esqueça, me transforme, me dilua, e me perca em mim mesma. Porque não me acho mais desde que perdi de você, e nunca mais encontrei o caminho de volta. Um pássaro desgarrado, que se perdeu do ninho, fugiu da gaiola. Quero voltar para casa, mas não sei como. E prefiro o silêncio do esquecimento aos gritos da ignorância, que teima em gritar seu nome em desespero. Garçom, por favor, mais uma.

Um comentário:

De Beachbarengril disse...

Não exagere na bebida, por mais que a simples idéia dela lhe faça escrever de maneira tão profunda.